terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sincronicidade, uma força presente, diariamente, em nossas vidas


Acredito muito em sincronicidade, na ligação entre os acontecimentos. O termo sincronicidade foi desenvolvido pelo psiquiatra Carl Jung, (você já deve ter ouvido falar de Jung, no filme que estava em cartaz nos cinemas a um tempo atrás, chamado “Um método perigoso”. O filme apresentava o nascimento da psicanálise a partir da relação desenvolvida entre Freud e Jung) onde ele afirma que a ligação entre os acontecimentos, em determinadas circunstâncias, pode ser muito mais do que apenas casualidade.

Vou contar então, o que aconteceu hoje, e que talvez valha a pena o relato.

Estava eu, em casa, me preparando para tomar banho, quando me lembrei que tinha acabado o shampoo e o condicionador. Foi então, que decidi ir até o supermercado comprar estes dois itens. Chegando lá, não fui direto para a sessão de banho, fui parar em frente as geladeiras onde ficam armazenados os sorvetes. Eu não estava com absolutamente nenhuma vontade de tomar sorvete, fiquei observando a geladeira por um tempo e acabei escolhendo um pote. Sai do supermercado, com o sorvete, o shampoo, o condicionador e além disso, ainda comprei um potinho de chocolate io-io que voltei o caminho para casa comendo com o dedo.

Ao chegar em casa, vi um homem no portão do vizinho. Ao me ver entrando em casa, veio me pedir por favor, para que eu desse para ele leite e açúcar para que pudesse alimentar suas filhas. Confesso, que não gosto de dar dinheiro a ninguém, mas quando alguém me pede comida, acho até um pecado negar.

Entrei em casa, fui até a dispensa, ao armário da cozinha, abri a geladeira e sem ser pega de surpresa, não encontrei absolutamente NADA que eu pudesse dar aquele homem. Aqui em casa, não temos o costume de cozinhar, então, confesso que é raro ter alimentos não perecíveis em algum desses locais. Então, não havia absolutamente nada que eu pudesse dar para aquele homem.

Foi ai, que vi o sorvete que tinha acabado de comprar, em cima da mesa. Sem ter absolutamente nenhuma dúvida, peguei aquele pote e levei até o portão. Expliquei que em casa não temos o costume de cozinhar e por isso, geralmente não temos esse tipo de alimento em casa, mas, que eu tinha acabado de comprar aquele sorvete e que ele então poderia levar. O homem ficou surpreso, eu confesso. Abriu um sorriso e foi-se embora levando o pote.

Você pode achar que é delírio meu, mas, são momentos como esse que vejo a ligação entre os acontecimentos, onde as forças se atraem, e coisas inesperadas acontecem. Acredito, realmente, que aquele pote de sorvete, não era para ser meu por duas simples razões: a primeira e mais obvia é que eu não estava com nenhuma vontade de comer sorvete. E a segunda, é que escolhi um sorvete sabor Negresco. Para quem não sabe, eu não gosto de sorvete de chocolate e nem com pedaços de chocolate. Na verdade, não gosto de chocolate de um modo geral e apesar disso, acabei comprando um sorvete com sabor de chocolate, sem nem sequer gostar.

Esse tipo de coisa, me acontece a todo momento. Desejo um vaga para estacionar o carro, e ela aparece; Sinto vontade de comer costelinha de porco e quando chego do trabalho, lá estão elas, prontas, do jantar que minha avó fez. Esses são exemplos simples, que acontecem repetidamente em minha vida. Acredito que o universo trabalha engrenado, onde acontecimentos “aleatórios” acontecem para que no momento correto venham a se encontrar. Acaso ou não, a idéia de sincronicidade nos faz refletir sobre os acontecimentos em nossas vidas, e como isso pode nos afetar positivamente ou negativamente.

Alem disso, penso ainda, como sou sortuda e como a vida me é sempre, muito grata. Eu, diferentemente daquele homem, caso deseje, posso muito bem ir ao supermercado e comprar outro pote. Acredito que devemos olhar mais para nossos semelhantes, agradecer por tudo o que recebemos e sempre, sempre ajudar ao próximo em um momento de dificuldade. 

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