domingo, 17 de fevereiro de 2013

Quando a ideologia de um homem é verdadeira, ela traz água aos olhos.


Compartilho com vocês, essa despedida emocionante que acabei de ler entre Coronel Moscardó e seu filho, refém, que seria fuzilado se o pai não entregasse o Alcázar de Toledo, durante a guerra civil espanhola:

"Candido Cabello, chefe da milícia em Toledo, telefonou ao Coronel Moscardó dizendo-lhe que se não entregasse o Alcázar dentro de dez minutos, ele, Cabello, matar-lhe-ia o filho, Luis Moscardó, a quem havia capturado naquela manhã. 'E para que veja que é verdade, ele próprio vai falar-lhe', acrescentou Candido Cabello. Então Luís Moscardó disse ao telefone a palavra 'Papai'. 'Que se passa, meu filho?", perguntou o Coronel. 'Nada', respondeu o filho, 'Eles dizem que me matarão se o Alcázar não se render'. 'Se for verdade', replicou  o Coronel Moscardó, 'encomenda a tua alma a Deus, grita 'Viva Espanha' e morre como um herói. Adeus, meu filho, um derradeiro beijo'. 'Adeus, meu pai',  respondeu Luis, 'um beijo bem grande'. Candido Cabello voltou ao telefone e o Coronel Moscardó anunciou-lhe que não precisava de prazo para decidir. 'O Alcázar jamais se rendará', declarou antes de desligar o telefone. Luis Moscardó foi morto a 23 de agosto."
A Guerra Civil Espanhol, por Hugh  Thomas, Editora Civilização Brasileira, 1964, p. 244 


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