segunda-feira, 29 de abril de 2013

Gosto de pessoas fáceis...

... e confesso que sou fácil também. Sinto que, muitas vezes “complicamos” nossas vidas em momentos desnecessários, ao pensarmos de mais e ao não sermos claros em nossos desejos, expectativas e vontades. 

Ano passado, um casal de franceses veio estagiar na agência e conhecer um pouco nossa cultura e país.  Não demorou muito para que logo estivessem entrosados com todos. Eram pessoas fantásticas e nos faziam rir muito. Uma atitude deles sempre me chamava atenção e surpreendia pela simplicidade: o casal tinha como hábito almoçarem juntos, todos os dias, apenas os dois. Todas as vezes que os chamávamos para almoçar nos respondiam com um simples “não, obrigado” e assim sucessivamente, dia após dia. As vezes nós insistíamos, e eles continuavam efusivos ao “não, muito obrigado”, simples assim, sem aquela coisa piegas de ficar dando milhares de desculpas, ou inventando um “talvez” para que no momento crucial, o “não” fosse dito.  

A dificuldade do “não” é algo que atormenta muitas pessoas, transformamos uma simples resposta, entre aceitar ou recusar um determinado pedido ou convite em um problema. Acredito que tudo seria mais fácil se respeitássemos nossas vontades. Queremos encontrar aquela pessoa que faz o convite, naquele momento, seja ele um amigo, família ou namorado? Temos vontade? Sim ou Não? O “talvez/não sei” nesse caso não existe, porque estamos nos perguntando primeiramente se existe a vontade. Se existir a vontade, a resposta já está dada, bastando apenas combinar o dia e o horário. Quanto ao local ou o que será feito, fica no campo dos supérfluos, pois o mais importante, que é o desejo do encontro, já foi identificado.

– Vamos fazer alguma coisa amanhã?
Vamos.

– Quer jantar quarta-feira?
Sim.

– Vamos na festa XYZ? Vai “bombar”.
Não, não to afim.

Muitas vezes, tememos não especificamente o “não” propriamente dito, e sim a reação da pessoa que está do outro lado, aquele que fez o convite, pois não desejamos magoar ou enfurecer ninguém. Muitas vezes, não percebemos que o “talvez” acoplado a alguma desculpa, complica mais ainda o que deveria ser simples. 



Eu particularmente prefiro ouvir um “não” sincero, o “não” da independência, a um “sim” da covardia ou o “talvez” da enrolação. E você, prefere se enganar ao invés de dizer o que realmente têm vontade? 

"Tente ser feliz ao invés de tentar ser perfeito." 

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