Muito
se ouve falar sobre a bicicleta ser o “novo” meio de transporte. Muitos a
defendem e outros tantos, a atacam. Sou ciclista e por diversas vezes utilizo a
bike como condução. Não estou aqui para defende-la com unhas e dentes, muito
pelo contrário, sei dos diversos problemas que a utilização da magrela, em uma
cidade despreparada acarreta.
Diversas
pessoas questionam sobre a “folgadisse” dos pedaleiros e da falta de
estrutura que a cidade tem. Justificando assim, que por esses motivos os
ciclistas não deveriam sair por ai com suas companheiras de duas rodas, pois,
muitas vezes, estes atrapalham o já, tão caótico, trânsito da cidade. Porém, eu
me pergunto: qual é o meio de transporte estruturado em nossa cidade? Fico a
procura de respostas, mas, não consigo encontrar nenhum que funcione
perfeitamente. Esse “Brasil nosso de cada dia”, precisa melhorar e muito, para
que possa, começar, a nos oferecer um sistema de mobilidade urbana,
realmente eficiente.
São
Paulo, que é considerada a sexta cidade mais populosa do planeta, com seus
quase 12 milhões de habitantes, vivendo em um área equivalente a 1.532km2.
Possui uma malha metroviária de apenas 74,2km que transporta diariamente cerca
de 4,4 milhões de pessoas, espremidas em seus vagões. A situação para os
carros, também não anda lá muito boa, com picos de congestionamentos, que
ultrapassam os 260km nos dias de chuva. A cidade, que conta com 17mil km de
ruas e avenidas pavimentadas, já não comporta a quantidade de carros
existentes, que em 2012 atingiu o surpreendente número de 7 milhões. Quantidade
esta, que só tende a aumentar, graças as inúmeras facilidade que os
financiamentos nos proporciona. – É, São Paulo não está fácil pra ninguém. –
Utilizo
a bicicleta alguns dias da semana para ir trabalhar. Percorro os 25km de
distância entre a minha casa e o trabalho em 1h e 19 minutos, perco 634
calorias, ganho endorfina e massa muscular. De transporte coletivo – ônibus
e metrô –, gasto 1h e 30 minutos, ganho desânimo e mal humor. De carro,
quando o trânsito está bom, faço o percurso em 1h e 05 minutos, ganho estresse e no mínimo 5 buzinadas. A conta matemática que faço é simples de ser analisada, diante das
estruturas que a cidade me proporciona, a bicicleta vem se tornando um meio de
transporte eficiente, apesar de seus perigos.
Desenvolvi
toda essa analise, para chegar a simples conclusão, de que todos os meios de
transporte tem seus respectivos problemas. Talvez, a melhor solução para a
mobilidade urbana na cidade, seja, olharmos mais para dentro, desenvolvendo a
tolerância e o respeito com o próximo, ao invés de ficarmos criticando, uns aos
outros. O problema não é a cidade, e sim, seus habitantes. “Mais respeito, por
favor.”
Gostaria
aproveitar e apresentar o meu novo parceiro de pedal. Como vocês podem ver, ele
gosta de ficar abraçadinho no pulso. Em alguns momentos ele aperta tão forte que
faz com que eu me lembre que devo ter cautela ao utilizar a bicicleta, como
meio de transporte, nessa selva de pedra. Hoje fizemos 27km em 1h30. No percurso, aproveitei e dei uma passada na Santa Efigênia para procurar uma vitrola e na Heitor Penteado para comprar uma flor e decorar minha mesa do trabalho. Um início de dia muito agradável. =D
Irada a iniciativa do Blog! Que as pessoas possam se conscientizar e assim respeitar! Abraço
ResponderExcluirEeeee... Valeu Diminha!!!
ExcluirSou ciclista (tanto lazer quanto meio de locomoção) e também sou motorista(principalmente em finais de semana a noite), é chover no molhado dizer que os motoristas dos carros não respeitam, não se preocupam com os ciclistas e etc.....porém vejo muito, mas muitos ciclistas fazendo barbaridades, colocando suas vidas em risco, sem respeitar qualquer lei de trânsito: cruzando avenidas com sinal vermelho, mudando de faixa sem sinalizar, andar a noite sem qualquer iluminação, contra-mão, sem capacete, parando no meio da faixa de pedestres e por ai vai....acho que se os ciclistas(inclusive eu) querem ser respeitados como um meio de transporte e dividir as ruas com motos, carros, ônibus e caminhões, temos que nos tornar no mínimo "obedientes" às normas estabelecidas....
ResponderExcluirConcordo plenamente com você Martin. Essa semana mesmo, domingo, quase atropelei um ciclista que estava andando na contra mão em uma via super movimentada e na curva.
ExcluirConstantemente vejo pessoas sem capacete e bicicletas sem o mínimo de iluminação. Acredito que o processo educativo necessita ser feito em ambos os lados.
Talvez a verdadeira vilã, seja a falta de educação e respeito de todos.
Excluircom certeza, num desses dias, eu pedalava pela ciclovia da Av. Faria Lima, e tinha que constantemente desviar de grupos de pedestres que transitavam por ela....o trabalho tem que ser feito para todos, pedestres, ciclistas, motoristas....cada um tem que saber seu papel no trânsito da cidade, para assim caminharmos numa direção única, e não cada um pensando em seu próprio benefício unicamente.
ResponderExcluirParabéns pelo post. Só acrescentaria que o que falta é os governantes e a sociedade encararem a bicicleta de forma séria, como a Europa, EUA, Colômbia, Chile, China, Japão e outros locais vem fazendo, e não continuarem fechados na visão falida do investimento prioritário no automóvel.
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